A sentença n. 29185 de 5 de julho de 2024, publicada em 18 de julho do mesmo ano, representa um importante passo em frente na compreensão das modalidades de depósito da eleição de domicílio no âmbito de recursos criminais. Os juízes da Corte de Cassação, presididos por F. M. C., esclareceram que o depósito da eleição de domicílio, ocorrido juntamente com a interposição do recurso de apelação e transmitido via PEC pelo defensor, é parte integrante do ato de gravame.
O caso em exame insere-se no contexto do artigo 581, parágrafo 1º-ter, do Código de Processo Penal, que regula as modalidades de interposição de recursos contra sentenças. A decisão da Corte de Cassação, portanto, alinha-se com as disposições normativas que preveem a possibilidade de operar através de instrumentos digitais, como a PEC, no respeito pelos direitos dos arguidos.
Eleição de domicílio ex art. 581, parágrafo 1º-ter, cod. proc. pen. - Depósito juntamente com o recurso de apelação assinado e transmitido via PEC pelo defensor - Valor de autenticação da assinatura do arguido - Existência - Razões. Em matéria de recursos, o depósito da eleição de domicílio a norma do art. 581, parágrafo 1º-ter, cod. proc. pen., ocorrido juntamente com a interposição do recurso de apelação, transmitido por meio de PEC pelo defensor, torna tal eleição parte integrante do ato de gravame, de modo que a autenticação da assinatura aposta pelo arguido deve entender-se implicitamente contida na assinatura digital do recurso de apelação por parte do defensor.
Esta sentença tem importantes implicações práticas para os advogados e arguidos, pois esclarece que:
Estes aspetos representam uma evolução significativa para uma justiça mais eficiente e acessível, em linha com as recentes reformas normativas italianas e europeias que promovem o uso da tecnologia no setor legal.
Em conclusão, a sentença n. 29185 de 2024 oferece um importante esclarecimento sobre as modalidades de depósito da eleição de domicílio e sobre a autenticação das assinaturas no âmbito de recursos criminais. Este orientação jurisprudencial não só simplifica o processo para os advogados, mas também garante um maior respeito pelos direitos dos arguidos, num contexto cada vez mais digitalizado.