A recentíssima sentença n. 1234/2023 proferida pelo Tribunal de Apelação de Roma suscitou um vivo debate no âmbito jurídico, em particular no que diz respeito às questões ligadas à guarda dos menores. Num contexto em que as dinâmicas familiares estão em contínua evolução, esta decisão oferece importantes reflexões sobre as modalidades de proteção dos direitos dos menores e sobre a importância da guarda partilhada.
A sentença n. 1234/2023 insere-se num caso em que os pais, M. R. e S. T., discordaram quanto à gestão da custódia do seu filho menor. O Tribunal teve de avaliar os pedidos de ambos os pais, tendo em conta o princípio fundamental do superior interesse do menor, consagrado no artigo 3.º da Convenção da ONU sobre os direitos da criança.
O Tribunal reiterou que a guarda partilhada deve ser considerada a regra geral, salvo situações de risco para o menor.
O Tribunal invocou diversas normas nacionais e europeias, entre as quais:
Estas referências normativas guiaram o Tribunal na sua decisão, evidenciando a importância de uma abordagem que favoreça a cooperação entre os pais e o bem-estar do menor. A sentença sublinha, de facto, como a partilha das responsabilidades parentais não só é desejável, mas também necessária para garantir um ambiente estável e sereno para as crianças.
As implicações da sentença n. 1234/2023 estendem-se para além do caso específico, pois representam uma importante afirmação a favor da guarda partilhada. O Tribunal salientou que, na ausência de situações de conflito aberto ou de perigo para o menor, é fundamental que ambos os pais possam manter uma relação significativa com o seu filho.
Esta interpretação não só reflete as tendências atuais em matéria de direito de família, como também se alinha com as normativas internacionais que promovem a proteção dos direitos dos menores. Num contexto de crescente atenção ao bem-estar psicológico e social das crianças, a sentença representa um passo significativo rumo a uma abordagem mais equilibrada e justa.
Em conclusão, a sentença n. 1234/2023 do Tribunal de Apelação de Roma oferece uma importante perspetiva sobre as questões ligadas à guarda dos menores, reafirmando o princípio da guarda partilhada como instrumento privilegiado para garantir o bem-estar das crianças. É fundamental que os profissionais do setor jurídico e os próprios pais tomem nota destas indicações para orientar as suas decisões num contexto familiar cada vez mais complexo.